MOVIMENTO NACIONAL DIGA NÃO À LEISHMANIOSE, O CÃO NÃO É NO VILÃO!

LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO BRASIL

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença que vem se alastrando pelo Brasil e provocando a morte de milhares de cães. O pior é que mesmo matando os cães de forma indiscriminada o governo brasileiro não consegue deter o seu avanço.

Mas,

O que é Leishmaniose Visceral Canina?

1. É uma doença provocada pelo protozoário Leishmania infantum que além dos cães, afeta também o ser humano e outros mamíferos;

2. A L. infantum é transmitida pela picada de um inseto conhecido como flebotomíneo (mosquito palha) infectado;

3. Os hospedeiros da L. infantum reconhecidos em trabalhos científicos são canídeos silvestres, cão, humanos, gato, gambás, roedores, bovinos, entre outros.

Estas informações básicas deveriam servir como ponto de partida para a construção de uma política de saúde que priorizasse a vida dentro de uma comunidade, zelando pela saúde de todos, inclusive dos animais e do meio ambiente.

Estudos, pesquisas e ações deveriam ser direcionadas para a prevenção da infecção e doença, através do controle dos flebotomíneos, a vacinação dos cães não infectados, o uso de repelentes e o diagnóstico precoce e tratamento dos doentes.

Nem sempre o lógico acontece em nosso país...

Segundo o protocolo do Ministério da Saúde, ao ser notificado um caso de leishmaniose visceral humano, a Vigilância em Saúde deve seguir as seguintes recomendações como medidas de controle da doença:

- Medidas de Controle

- Orientações dirigidas para o diagnóstico precoce e tratamento adequado dos casos humanos.

- Orientações dirigidas ao controle do vetor.

- Orientações dirigidas ao controle do reservatório canino.

Mas ... como o Brasil enfrenta as leishmanioses?

Em nosso país, ao ser constatada a leishmaniose visceral humana, a primeira medida adotada é o recolhimento e extermínio massivo de cães, tanto daqueles que vivem em nas ruas, quanto os domiciliados e semi domiciliados.

Os métodos diagnósticos utilizados para detecção dos animais infectados ou doentes, não são precisos, podendo ocorrer reações cruzadas com outras infecções e doenças comuns aos cães . Exames confirmatórios da presença do protozoário em cães não são realizados, o que significa que o extermínio é realizado em cães infectados, doentes e não infectados ... basta ser cão.

Milhares de cães supostamente infectados são mortos indiscriminadamente por ano nos Centros de Controle de Zoonoses em todo o país e medidas de prevenção não são cogitadas. Limpeza, dedetização, eliminação dos flebótomos, utilização de repelentes e vacinação dos cães contra a doença, são refutados sob argumentos político-financeiros.

Os produtos preventivos como as vacinas e a coleira contendo inseticida (deltametrina 4%), indicada até mesmo pela Organização Mundial de Saúde para o controle da leishmaniose visceral, não são adotadas pelos serviços públicos e, além disso, sofrem taxações de impostos que os encarecem e os tornam inviáveis para grande parte da população.

ACRESCENTARÍAMOS:

A "vilanização "do cão leva a representações falsas e práticas equivocadas sobre a doença, tais como :

- A crença de que há contágio direto a partir dos cães

- A crença de que é necessário "optar"entre ter animais vs. a saúde das crianças

- O aumento do abandono de animais supostamente infectados

- A crença de que, livrando-se dos cães, as pessoas estão a salvo da Leishmaniose, embora os flebótomos sigam no ambiente.

- A matança de animais adultos supostamente infectados e a reposição por animais mais jovens, muitas vezes mais vulneráveis a contrair a doença.

Não existe campanha sistemática de educação em saúde no Brasil e em relação à leishmaniose visceral não existe investimento público em educação e esclarecimento da população sobre as formas de prevenção e controle. Os órgãos públicos se contentam em matar cães, não permitir o tratamento dos animais e sempre alegar questões financeiras para o investimento necessário no controle dessa endemia.

O mundo trata e o Brasil mata, até quando?

Será que somente o Brasil tem razão e os outros países estão errados?

O MOVIMENTO DIGA NÃO À LEISHMANIOSE, O CÃO NÃO É O VILÃO!

DENUNCIA:

O DESAMPARO DA POPULAÇÃO CARENTE E O EXTERMÍNIO INÚTIL DE CÃES, ATESTAM A FALTA DE SERIEDADE E INTERESSE DO PODER PÚBLICO NO COMBATE À LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL.

FORMAS PARA PREVENIR E CONTROLAR A LEISHMANIOSE

Medidas contra o mosquito transmissor:

O “Mosquito Palha”, transmissor da Leishmaniose, se reproduz em locais com muita matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos caídos, troncos apodrecidos, mata muito densa, lixo

acumulado, fezes de animais) e sai para alimentar-se (picar) ao final do dia e durante à noite.

Portanto, recomenda-se:

- Evitar acúmulo de lixo em casa. Não jogar lixo em terrenos vazios.

- Manter o quintal ou jardim sempre limpo, bem capinado e livre de fezes de cachorro ou fezes de qualquer outro animal ( gatos, suínos, cavalos, galinhas, coelhos, etc ), acúmulo de folhagens e restos de alimentos.

- Usar repelentes ou inseticidas no final da tarde ou cultivar ao redor da casa plantas com ação repelente (Citronela ou Neem).

Medidas para proteger o seu cão:

Vacinar seu animal anualmente com vacinas especificas para Leishmaniose.

Usar coleiras impregnadas com inseticidas (deltametrina a 4%) que devem ser trocadas a cada seis meses ou produtos tópicos “spot on” que devem ser reaplicados mensalmente ou conforme indicação do fabricante.

Colocar telas de malha bem fina no canil ou utilizar plantas com ação repelente (Citronela ou Neem).

Manter o abrigo do seu cão sempre limpo, sem fezes ou restos de alimento.

Evitar sair para passear com o seu cachorro entre o pôr-do-sol e o amanhecer.

PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO PARA COMBATER A LEISHMANIOSE VISCERAL.

É PRECISO REPELIR E ELIMINAR O INSETO TRANSMISSOR!

Se você suspeitar que seu animal esteja com Leishmaniose, não tome nenhuma decisão antes de consultar o médico veterinário. Nunca abandone seu animal na rua, pois, se ele estiver doente, permanecerá sendo uma fonte de infecção para o mosquito transmissor e o ciclo de transmissão da doença continuará. É neste momento que seu melhor amigo precisa mais de você.

Existem medidas preventivas que podem ajudar seu cão e sua família.

PROCURE SEMPRE O MÉDICO VETERINÁRIO. ELE LHE DARÁ TODAS AS ORIENTAÇÕES NECESSÁRIAS!

ABAIXO ASSINADO MOBILIZAÇÃO CONTRA O EXTERMÍNIO DE CÃES COM LEISHMANIOSE:

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N15026

Referência:

1-Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral- Ministério da Saúde

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_leish_visceral2006.pdf

2- Texto revisado pelo Dr. Vítor Márcio Ribeiro, médico veterinário, PhD em parasitologia, especialista em Leishmaniose. Atua em pesquisas nas áreas de leishmaniose visceral canina e felina.

sábado, 21 de julho de 2012

Leishmaniose tem cura e eutanásia não é tratamento




A leishmaniose é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral e tem duas principais formas: “calazar”, ou leishmaniose visceral; e “úlcera de Bauru”, ou leishmaniose tegumentar americana. O tema voltou à discussão, por conta do cãozinho Scooby em Mato Grosso do Sul, que foi arrastado em uma moto pelos donos, por cerca de quatro quilômetros, até o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) onde foi abandonado, por apresentar sintomas da doença (+aqui).
Apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomendar a eutanásia como forma de controle da leishmaniose, sugerindo o combate e a vacinação de animais, que aliás é de baixo custo, o Brasil ainda mantém a prática. O  decreto federal do senado, nº 51.838  de 14 de março de 1963 condena os animais com Leishmaniose Visceral Canina à eutanásia, tornando o Brasil o único país a matar cães com leishmaniose e há a  portaria interministerial nº 1.426  de 11 de julho de 2008, que proíbe o tratamento de cães com a doença com produtos de uso humano ou que não estejam registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Apesar do que muita gente pensa, o cachorro não é o transmissor da doença, que é transmitida ao homem pela picada do mosquito flebótomo, mais conhecidos como mosquito palha ou birigui. Como o cão é o hospedeiro mais estudado, há a crença de que seja o transmissor. No Brasil as áreas consideradas endêmicas são as regiões Norte e Nordeste, por conta da precariedade de condições sanitárias, mas nos últimos anos houve aumento nos registros na Região Sudeste. Campo Grande é uma das regiões consideradas endêmicas.
Scooby - No caso do Scooby, a Organização Não Governamental (ONG) Abrigo dos Bichos defende que Scooby seja adotado e submetido ao tratamento contra o protozoário. Pela internet Nelson Trad Filho (PMDB), prefeito de Campo Grande, afirmou que iria salvar a vida do Scooby e lançar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Veterinária, para atendimento público e 24 horas, mas na sexta (13) ao fazer o anúncio oficial da UPA, afirmou que teria que consultar o Ministério da Saúde sobre o caso (+aqui).
A ONG tem anuência do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS), que reconhece o tratamento e a eficácia dele para o animal. “O dono e o médico veterinário têm de ter a opção de oferecer o tratamento ao animal. Se o animal tem um dono e ele assume a responsabilidade, ele deve ser tratado”, afirma a presidente da entidade, Sibele Cação.
A posição do CRMV também é de que o cão Scooby seja a submetido ao exame de pulsão medular, além do exame de sangue aplicado atualmente pelo CCZ em Campo Grande. “O animal pode ser soro reagente, ter o anticorpos da leishmaniose, no entanto pode ter se defendido da doença”, explica.
Sibele destaca o fato de o CRMV-MS ser a favor da eutanásia para os cães de rua e que se o dono quiser oferecer o tratamento, tem de ser responsabilizado pelo animal. “O dono não pode procurar informações com vizinhos, amigos, é preciso procurar um profissional que vai indicar qual o tratamento mais adequado. Caso contrário ele também vai praticar maus tratos”, destacou.
O Conselho questiona a orientação do Governo Federal, e defende o combate ao mosquito flebótomo, transmissor do protozoário causador da doença. “A culpa não é do cão, mas do mosquito. Ele é que precisa ser combatido e não o cão”, explica Sibele, explicando ainda que a transmissão da zoonose para o homem só se dá através do mosquito.
Até que saia o resultado do novo exame, Scooby continua no CCZ, recebendo tratamento para os ferimentos provocados quando foi arrastado pelo dono. Enquanto a situação não tem uma definição, a ONG mantém uma petição na internet, pedindo que a vida de Scooby seja poupada, se comprometendo a arcar com o tratamento e conseguir um lar para o animal (acesse a petição aqui).
Ministério da Saúde - No Brasil, os CCZ’s adotam a orientação do protocolo do Ministério da Saúde, que determina que em caso de leishmaniose, o animal seja sacrificado, além de proibir qualquer tipo de tratamento. De acordo com dados da pasta, entre 2002 e 2011 foram registrados 34.683 casos em todo país, 3.917 somente em 2011, sendo que 249 pacientes morreram no ano passado.
O Ministério da saúde defende que a redução dos casos de leishmaniose só é possível com o controle do agente transmissor, o mosquito, e também do reservatório, no caso o cão doméstico. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério, o tratamento não é autorizado, porque quando os cães não são mortos eles continuam transmitindo a doença e que as prefeituras podem decidir sobre o futuro dos animais, mas assumem o risco de transmissão de doenças para a população. O prefeito Trad Filho afirmou que o destino de Scooby depende do resultado de exames que vão confirmar ou não a presença da doença e que, como se trata de uma questão de saúde pública, o protocolo deve ser seguido.
Negligência - A leishmaniose é considerada pela organização de pesquisa “Medicamentos para Doenças Negligenciadas” (DNDi, na sigla em inglês) como uma doença "extremamente negligenciada", porque, em razão da prevalência em regiões de extrema pobreza, não há interesse por parte da indústria farmacêutica em desenvolver novos medicamentos para essas doenças.

Tratamento para cães com leishmaniose não é reconhecido pelo Ministério da Saúde


Cada vez menos os cães diagnosticados com leishmaniose são sacrificados, muitos donos estão optando pelo tratamento da doença. Esta escolha tem divido opiniões na Capital. E a atitude tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde.
“O Ministério da Saúde não tem uma política de tratamento de animais caninos portadores de leishmaniose. A política dele seria o sacrifício, não que a gente ache isso prazeroso, a gente acha isso extremamente chato, desgastante. Não é nossa vocação ficar matando animais, mas a gente atende as portarias do Ministério e uma delas preconiza que casos comprovadamente, depois de dois, três exames, a gente utiliza este recurso sanitário”, afirma o secretário municipal de saúde Leandro Mazina. 
Mesmo sem ter um remédio adequado no Brasil, os vínculos entre cães e donos fazem com que eles busquem um tratamento. “No começo ele tinha alguma lesões, as unhas crescidas e lesões na ponta da orelha, são sintomas clássicos da doença. E depois que eu comecei o tratamento, em 15 dias eu já notei uma melhora significativa, estou continuando o tratamento e vejo que ele melhora. Ela não teve perda de apetite, não emagreceu e também não engordou”, garante o jornalista Guilherme Cavalcante. 
Para o tratamento médicos veterinários utilizam remédios voltados para animais com registro nos orgãos federais que não foram produzidos com essa finalidade e que possuem substâncias que barram o avanço da doença. O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) ressalta que o profissional que opta pelo por realizar o tratamento não é considerado antiético. 
“Nós entendemos que coexiste o tratamento, o tratamento é eficaz. Quando o animal tem dono e este dono quer tratar do seu animal, ele tem todo o direito, desde que este tratamento seja feito com o médico veterinário, de maneira responsável. Por que esse animal tratado tem que ter um acompanhamento do médico veterinário para o resto da vida dele”, explica a presidente do CRMV Sibele Cação. 
Para uma família que tem uma pessoa infectada com a doença a eutanásia é a melhor opção de tratamento. “Você fica um pouco com raiva de um vizinho que tem um cachorro, por que não é todo mundo que está cuidando do seu animal de estimação. Então você acaba tendo que escolher entre uma vida humana ou a vida de um cachorro”, afirma a tia de Pietro, um menino que foi infectado com apenas nove meses, Elizangêla Andrade Freitas.
Para o jornalista, Guilherme, o dono tem que assumir a responsabilidade de cuidar do seu animal e fazer todos os procedimentos pedidos pelo veterinário corretamente para que a doença não se prolifere.
“No meu caso, eu aceitei a responsabilidade do tratamento, sei que existem horários a serem cumpridos, existe uma alimentação especial que o cão tem que receber e tudo isso é uma questão de disciplina e responsabilidade. O tratamento te que ser encarado por pessoas responsáveis e que procurem um veterinário especializado, que tenha competência para fazer este tipo de tratamento” concluiu.    
(Colaboração de Natalie Malulei, TV MS Record)

POLÊMICA LEISHMANIOSE TRATAMENTO EUTANÁSIA


A leishmaniose no Brasil enquadra-se na categoria de mazela “extremamente negligenciada”.


Saúde
Pesquisadores do Ipen formulam remédio mais eficiente para o tratamento da leishmaniose
Por Fillipe Mauro 20/07/2012

São Paulo (AUN - USP) - Uma equipe de pesquisadores do Centro de Biofármacos do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) descobriu uma forma de elevar a eficiência e reduzir a toxicidade do medicamento mais comumente empregado contra a leishmaniose, doença ainda muito comum nas zonas rurais de países tropicais.
Até hoje, os fármacos mais disseminados para o extermínio dos protozoários do gênero leishmania (os causadores da doença) possuem como princípio ativo átomos de antimônio. Ocorre que, de acordo com a bioquímica Nanci do Nascimento, coordenadora do projeto de pesquisa, “esses compostos são muito tóxicos e matam células saudáveis do organismo”.
Seu objetivo, nesse sentido, “foi aprimorar o tratamento da leishmaniose” e, mais além, “entender como ele funciona”. A cientista esclarece que, antes desse projeto, “não se sabia qual era a farmacocinética do antimônio”. Isso significa que ninguém conhecia ao certo para quais pontos do organismo esse elemento se dirigia. “Nós tornamos o antimônio radioativo e, em seguida, o aplicamos em cobaias animais” para “rastrear seu trajeto” pelo organismo.
A partir daí, o antimônio foi encapsulado em polímeros chamados lipossomos “para melhor direcionar a droga e controlar sua liberação pelo corpo”. “O que observamos foi que a droga encapsulada possuía uma maior eficácia sobre as células infectadas do que aquelas que eram liberadas arbitrariamente no organismo”, conclui.
Questionada sobre o impacto público de seu projeto de pesquisa, Nanci esclarece que o plano “é tornar isso um novo medicamento”. Para a DNDi (Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas, na sigla em inglês), organização sediada em Genebra que monitora a atenção dispensada pelas autoridades de saúde de cada país a doenças tropicais endêmicas, a leishmaniose no Brasil enquadra-se na categoria de mazela “extremamente negligenciada”.

http://www.usp.br/aun/antigo/www/_reeng/materia_imprime.php?cod_materia=1205268

segunda-feira, 9 de julho de 2012

UPAM (União Protetora dos Animais de Marília)pede para acompanhar diagnósticos de leishmaniose


Upam pede para acompanhar diagnósticos de leishmaniose

União protocolou pedido na prefeitura e alega que teste rápido não é suficiente

A UPAM (União Protetora dos Animais de Marília) São Francisco de Assis protocolou semana passada um pedido de acompanhamento dos diagnósticos de leishmaniose realizados pela Secretaria de Zoonoses. União alega que os testes rápidos não são suficientes para diagnosticar animais e que o sacrifício só deve ser feito em último caso.

Desde o início da aplicação dos testes, a zoonoses detectou através do teste rápido a doença em três cães na cidade. Como não há cura e a doença não tem solução, os animais acabam sendo sacrificado para evitar a contaminação. Dos animais que tiveram resultado positivo, um deles foi encontrado na rua.

Elizabete Carvalho, da UPAM, diz que a questão precisa ser bem esclarecida à população. “Quando um animal for detectado como positivo tem que fazer um exame de contraprova.

Só no teste rápido, se tiver doença do carrapato ou sarna, o exame também poderá dar positivo”, explica. Para Elizabete, a população precisa obter mais informações para evitar pânico. “Nós ficamos com dúvidas em relação ao caso do cachorro de rua, porque em épocas anteriores, houve um fato de morcegos com raiva que caíram a um quilômetro do bosque e a Zoonoses queria exterminar todos os gatos do bosque.

Não é assim que funciona”, diz.

Se a prefeitura acatar pedido da União, além dos testes rápidos, os animais também passarão por atendimento veterinário para documentar diagnóstico.

http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/112654/Upam-pede-para-acompanhar-diagnsticos-de-leishmaniose



Coleiras repelentes contra calazar serão adotadas em sete Estados brasileiros

Coleiras repelentes contra calazar serão adotadas em sete Estados brasileiros

A medida é do Ministério da Saúde e será adotada em 12 cidades de sete estados brasileiros. Em Teresina, a primeira cidade a ser beneficiada, nove mil cães passarão a usar o acessório, que é uma coleira com substância que repele o mosquito transmissor.
A medida inovadora é um teste do Ministério da Saúde contra o grande número de casos de calazar em cães e humanos no país.

Em Teresina, 40% dos cães examinados estão com a doença. Em 2012, já foram registrados nove casos de calazar em humano e uma pessoa morreu na capital. Os bairros com maior incidência de animais doentes, naquela cidade, são: Santa Maria da Codipi, na zona norte, Bela Vista e Angelim, na zona sul.

Elcio Leite, diretor do Centro de Zoonozes, lembra que os agentes de endemia visitarão as casas para instalarem as coleiras nos animais e aplicar questionário com os moradores.

Calazar (cientificamente, Leishmaniose visceral) é uma doença comum ao cão e ao homem, que é transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi.

No Brasil, existem atualmente seis espécies de Leishmania responsáveis pela doença humana.

Esta é uma doença que acompanha o homem há muito tempo e que tem apresentado, nos últimos 20 anos, um aumento do número de casos e ampliação de sua ocorrência geográfica.

Entre 1985 e 2003, ocorreram 523.975 casos autóctones, a sua maior parte nas regiões Nordeste e Norte do Brasil.

O Calazar não é uma doença contagiosa, nem transmitida diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas.

A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.

A maioria dos casos dessa zoonose tem um período de incubação de dois a quatro meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses.

Seus principais sintomas são: febre com interrupções com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos orais e intestinais.

Fonte: Cida de Verde
Dráuzio Varella
Adaptação: Revista Milldogs Xaolin HospitalVeterinária

LEISHMANIOSE




Por Dra. Manuella Siqueira Batista *


A leishmaniose é uma doença grave que atinge os cães e portanto bastante temida pelos proprietários. Existe muita polêmica a cerca da doença: tratar, sacrificar, risco de transmissão aos humanos pelo fato de ser é uma zoonose. É uma doença provocada por um pequeno parasita, protozoário denominado Leishmania spp.. que necessita de um pequeno mosquito para a sua transmissão (flebótomos). A época de maior risco de infecção está diretamente relacionada com a época do inseto transmissor – o flebótomo. A época dos flebótomos começa com o início do calor, estações da primavera e verão.

No homem, verificam-se três síndromes principais: Leishmaniose cutânea (LC), leishmaniose muco-cutânea (LMC), leishmaniose visceral (LV). Porém no cão a forma cutânea é a mais freqüente.

A leishmaniose cutânea se caracteriza por formação de úlceras na pele, que podem curar-se espontaneamente ou evoluir para lesões crônicas; a leishmaniose muco-cutânea se caracteriza por acometimento das mucosas do trato respiratório superior, tecidos moles e cartilagem nasofaríngea. A forma visceral da doença afeta vários órgãos, incluindo o baço, a medula óssea, o fígado, gânglios linfáticos e pele.

O cão pode apresentar emagrecimento, perda de pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, crescimento exagerado das unhas, lesão de pele ulcerada, blefarite e anemia. Também há sintomas nos órgãos internos, como crescimento do fígado e outras alterações. Entretanto, esses sintomas são comuns em outras doenças bem menos graves; assim, se seu cão apresentar esses sintomas não quer dizer que o mesmo está com leishmaniose. O diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário, que combinará exames de sangue com exames clínicos. O teste sorológico não deve ser encarado como diagnóstico e, portanto, não justifica a eutanásia dos animais. O diagnóstico é complexo e necessita de maior investigação.

A profilaxia da leishmaniose se dá através da limpeza do quintal e canis. Esse inseto é de hábito noturno, portanto coloque seus cães para dormir em lugares telados e use coleiras e/ou líquidos repelentes para ajudar na proteção.

O efeito da coleira é repelente, justamente para evitar a picada do inseto; a coleira é uma importante arma contra a doença. Além disso, existe vacina para leishmaniose, mas ela só deve ser usada após realização de exame sorológico.

Existem algumas drogas para o tratamento da leishmaniose porém o animal continua como portador da doença.

Vale salientar que tratar animais com leishmaniose não é crime e a eutanásia é uma decisão do proprietário.

Para maiores esclarecimentos procure o médico veterinário.

*Médica Veterinária – CRMV-RJ 10620

quinta-feira, 5 de julho de 2012

II SEMINÁRIO GAÚCHO DE LEISHMANIOSES


CURSOS ANCLIVEPA-SC E BRASILEISH SOBRE LEISHMANIOSE





Sábado, 21 de Julho de 2012

09:00
PROGRAMAÇÃO DO CURSO:
Sábado
09:00 – 10:00 – Histórico da Leishmaniose Visceral no Brasil e situação no Brasil e no Mundo – Dr. Sydnei Magno da Silva

10:00 – 10:30 – Intervalo

10:30 – 11:30 – Leishmaniose Visceral Canina – Patogenia e Sinais Clínicos – Dr. Paulo Tabanez

11:30 – 12:30 – Mesa Redonda – perguntas e respostas sobre as conferencias anteriores

12:30 – 14:00 – Almoço

14:00 – 15:30 – Métodos de Diagnóstico da LVC – Dra. Ingrid Menz

15:30 – 16:00 – Intervalo

16:00 – 17:30 – Eliminação canina x Tratamento x Controle – Dr. Fábio Nogueira / Dr. Vitor Márcio Ribeiro

17:30 – 18:30 – Mesa Redonda sobre as conferencias da tarde

Domingo
09:00 – 10:00 – Vacinas contra LVC – Dra. Ingrid Menz

10:00 – 10:45 - Controle de Vetores – Dr. Vitor Márcio Ribeiro

10:45 – 11:00 – Intervalo

11:00 – 12:00 – Aspectos jurídicos da eutanásia e tratamento da LVC – Dr. André Fonseca

12:00 – 13:00 –BRASILEISH– “Posição Oficial em Leishmaniose Visceral Canina – Dr. Manfredo Werkhaüser