LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
A Leishmaniose canina é uma doença parasitária transmitida pela picada de mosquitos conhecido por diversos nomes, dependendo da região no Brasil, por isso você pode ouvir apelidos como mosquito-palha, cangalinha, birigui, asa-dura, etc.
É muito importante que você saiba que o mosquito é um vetor, ou seja, ele se contamina por protozoários do gênero Leishmania ao se alimentar do sangue de roedores, carnívoros, marsupiais, endentados, insetívoros, e secundariamente de cães e seres humanos.
Os mosquitos são pequenos, medindo cerca de 2 mm, de hábito peridoméstico e intradomiciliar e seu criadouro é feito na matéria orgânica úmida.
Os cães são conhecidos como hospedeiros da doença, pois o sistema imunológico (defesa) do animal, em geral, não possui suporte suficiente para lutar contra a infecção.
Ressaltamos que nem todos os cães desenvolvem a doença e o parasitismo de pele. As pesquisas mostram que cães mantidos sobre o tratamento tem transmissão reduzida, visto que a carga de parasitas contidos no tecido é menor.
Concluindo, nem todo cão portador do parasita é transmissor!
A Leishmaniose é conhecida como uma zoonose, porque pode ser transmitido ao homem, também pela picada do mosquito. Assim como o caso de cão, observa-se que o grupo normalmente afetado pertence a indivíduos que possuem um sistema imunitário insuficiente (idosos, crianças, pessoas com antecedentes de deficiência imunitária, etc).
SINTOMAS NO CÃO
Ao ser picado por mosquito contaminado, a doença poderá ou não se manifestar. O cão pode entrar em contato com o parasita e ser portador dele, mantendo-se assintomático.
Os animais afetados podem apresentar um ou mais dos seguintes sintomas, que embora sejam listados, são gerais, porque pertencem também a outras infecções comuns e por isso, nem sempre a presença deles é significativo para diagnóstico.
Os sintomas podem ser:
- Perda de peso e/ou falta de apetite
- Apatia e debilidade
- Seborreia, feridas que não cicatrizam
- Crescimento rápido das unhas
- Podem ocorrer diarréias persistentes,
- Conjuntivites e lesões de córnea
- Anemia e inchaço dos gânglios
- Insuficiência renal (bebem muita água e muita micção)
- Vômitos
- Hemorragias nasais
- Queda de pêlos na face e principalmente ao redor dos olhos
TRATAMENTO
Logo que a doença é diagnosticada deve procurar a possibilidade de tratamento. Fala-se em possibilidade, somente porque o cão precisa ter condições de saúde para ser tratado, além da condição do proprietário. Previamente fazem-se exames que avaliarão o estado clínico do animal em questão e a sua capacidade de reagir ao tratamento. O tratamento é selecionado consoante o resultado das análises.
Os planos de tratamento dependem muito do médico veterinário, mas em geral consiste em: (1) medicamentos via oral ou aplicação de injeções diárias de um princípio ativo que destrói o parasita; (2) fármacos que estimulam o sistema imune do cão; (3) fármacos que impedem a multiplicação dos parasitas; etc.
Os animais devem permanecer sob rigorosa supervisão para evitar recaídas, por isso é necessário retorno ao médico veterinário a cada 3 meses.
Uma observação importante aqui é que muitos dos proprietários quando chegam a fase final do tratamento – manutenção -, ao verem o animal melhor (em geral remissão dos sintomas clínicos) abandonam o uso das drogas e/ou não seguem rigorosamente as prescrições e horários das drogas.
Nestes casos, os animais têm fortes recaídas, e em alguns casos, já não é possível fazer mais nada. Por isso o tratamento é antes de mais nada um compromisso para o resto da vida do animal.
Se não tem o interesse e condições para tratamento, não se arrisque fazendo tratamento caseiros utilizando métodos do Dr. Google!
CUIDADOS DURANTE E APÓS O TRATAMENTO
As fêmeas devem ser esterilizadas porque durante o cio as suas defesas imunitárias diminuem, podendo gerar fortes recaídas. Deve-se manter o ambiente limpo e higienizado, os animais desparisitados (vermes, carrapatos e pulgas).
Todos os cuidados gerais de saúde devem ser obrigatoriamente rigorosos para que o animal não fique com sistema imunológico enfraquecido.
Jamais abandone o tratamento por conta própria, pois o animal pode torna-se transmissor da doença além de poder ir a óbito.
PREVENÇÃO
Após realizar diagnóstico da doença, é extremamente importante a vacinação, mas não somente ela é 100% eficaz. Faça uso de produtos repelententes de insetos – Scalibor®, Pulvex®, Advantage max®, Cipermetrina pour on, citronela, óleo de neem, inseticidas para o ambiente, etc. Escolha produtos que além de inseticidas, auxiliam no controle de carrapatos e pulgas.
- Evitar os passeios em zonas de rios, matas, terrenos a céu aberto, sobretudo ao romper da manhã e ao fim do dia,
- Assegurar um bom estado de saúde do animal, para manter um bom sistema imunitário – boa alimentação, vacinação e desparasitação regular.
Nenhum comentário:
Postar um comentário